A
Companhia Cultural Adimó, do município de Picos-Piauí, fundada
oficialmente no ano de 2007, surgiu através de uma experiência
vinda do Movimento Negro, do qual o coordenador e idealizador da
Companhia, Francisco das Chagas, faz parte.
“Eu
e alguns casais da igreja católica, que possuímos uma experiência
em vivência social, começamos um trabalho voltado a questão da
Consciência Negra e a partir daí veio o grupo Adimó. Criamos o
grupo numa discussão ainda informal no ano de 2005, em 2006 foi
instituído ao negro no Piauí, e posteriormente, em 2007,
conseguimos fundar oficialmente o Grupo Cultural Adimó”, relatou
Francisco das Chagas.
Francisco das Chagas, coordenador do Projeto Adimó. |
O
projeto, que conta atualmente com cerca de 300 participantes, entre
alunos, voluntários e colaboradores, tem contribuído para o
desenvolvimento cultural do município, oferecendo, principalmente,
aos jovens e adolescentes uma oportunidade de integração e
aprendizado, por meio das diversas oficinas que são realizadas e
disponibilizadas gratuitamente à população.
Aula de violão ministrada através do projeto |
A
Companhia Cultural tem se destacado e conquistado seu espaço
participando de diversos eventos na região e recebendo várias
premiações.
“Na
área da cultura o grupo já participou de diversos eventos.
Festivais, torneios, tanto na macrorregião de Picos, quanto em
Teresina e a nível de Nordeste. Na área de cultura temos de 4 a 5
troféus de primeiro e segundo lugar, na área de esporte temos
troféu de terceiro lugar com o basquete de rua e de primeiro lugar
no futsal. Na educação, que é o outro tripé do grupo, temos o
Selo UNICEF como semifinalista numa articulação nacional de 2713
projetos, em que ficamos entre os 20 melhores. Participamos também
de seminários internacionais, onde o grupo foi apresentar propostas
em educação integral ”, informou Francisco das Chagas.
Grupo de dança do Projeto Adimó participando do Festival Nacional de Folguedos, em 2013. Foto divulgada no portal Dia a dia Picos |
Segundo
Francisco, o prêmio mais importante foi o Selo Itaú Unicef,
conquistado em 2013, pois a partir daí o grupo passou a ganhar maior
visibilidade e as pessoas perceberam que o Adimó não é apenas um
grupo de dança, mas que ele tem um tripé que o sustenta nas
questões políticas, sociais, culturais e ambientais.
Mas,
apesar do crescimento, o Adimó ainda não possui uma sede própria
para a realização de suas atividades.
“Não
temos uma sede própria e a luta é constante. Começamos o projeto
funcionando aos sábados e domingos em um espaço de escolas há anos
atrás, já migramos por diversas escolas, estivemos em uma sede
social e agora estamos aqui ocupando um local cedido pela Prefeitura
Municipal. Então, a nossa maior dificuldade é de espaço”, disse
Francisco.
A
partir do dia 15 de maio, deste ano, o grupo estará realizando uma
campanha de mobilização e arrecadação para a compra de um terreno
e construção de uma sede definitiva.
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