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sábado, 25 de junho de 2016

Mais de 25 mil artesãos usam talento e mantém cultura do artesanato no Piauí


Dando continuidade à série "Riquezas do Piauí", o Bom Dia Piauí mostrou nesta sexta-feira (24) mais uma potencialidade do estado. Desta vez, o talento e o trabalho dos mais de 25 mil artistas que espalham seu dom por todo o estado, mantém viva a tradição e a cultura do artesanato piauiense. Dentre dos produtos mais variados produzidos por esses profissionais da cultura local estão o bordado com a fibra do buriti e a arte santeira.

Um desses artistas é o artesão Mestre Expedito, 82 anos, que nasceu em Domingos Mourão. Ele faz da sua própria casa o ateliê de produção, onde se sente tão à vontade. "Quando o Papa João Paulo quando passou pelo Piauí eu fiz uma obra para ele", disse.

FOTO: Reprodução/G1

Ele conta que os espaços que armazenam o resultado do trabalho de Mestre Expedito, possui um pouco do próprio artista. Cada peça cunhada pelas mãos delicadas e talentosas contrasta com a força usada para esculpir a obra com tanta criatividade.

Expedito possiu obras espalhadas por todo o mundo. Nos países do Japão, França, Bélgica, Itália, até na Casa Branca, nos Estados Unidos. O Museu de Arte Moderna de São Paulo exibe obras do santeiro bcomo gosta de ser chamado. O trabalho, rendeu vários prêmios. "Tem prêmios da Bélgica, troféus da minha cidade, da Universidade Federal do Piauí e da Casa da Cultura", disse.

O trabalho de Expedito tem se perpetuado. Depois de tanto sucesso, ele passou a ensinar para outras pessoas o dom que recebeu. Um deles é o jovem artesão André Silva que já trabalha com o senhor Expedito há mais de seis anos. "Durante todo esse tempo com ele serviu também como aprendizado, tanto como pessoa e como artista", disse.

Mas não só da arte santeira vive a cultura do Piauí. Quem tem a mesma paixão de André Silva, é Flavia Pereira. Mas a matéria-prima utilizada para a produção é a tala e o talo do butiri, que são retirados da palmeira que é típica no estado.

Para Flávia, que mora em Ipiranga, o gosto pelo bordado com a fita do butiri, começou quando ainda pequena. Dependendo do tamanho do produto, ela consegue fazer 30 peças por mês. É assim, que ela sustenta a família.

Castiçal, santuários, abajures, cestas, cadeiras, mesas e diversos utensílios domésticos saem do entrelaçar das fitas. "Eu aprendi fazendo poucas e pequenas coisas, como a cestinha. Já hoje eu desenvolvo outras peças. Se você pedir para eu fazer uma coisa e me mostrar um modelo, eu já faço", disse.

Segundo o diretor do Programa de Artesanato do Estado (Prodart), Jordão Costa, cada vez mais o trabalho do artesão representa a identidade do estado. "Nós estamos estudando a criação do selo do artesanato piauiense. Esse selo vai certificar a produção nacional dentro dos parâmetros internacionais para que seja permitida a comercialização dos nossos produtos no mercado internacional em outros países, disse.

FONTE: G1

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